domingo, 27 de novembro de 2016

ABELHAS – BOMBUS

Esse texto eu fiz a pedido de minha professora do curso de Biologia que tanto me incentivou a nunca desistir dos meus sonhos. Obrigado Doutora Ana Maria Zimmer de Almeida, está aí o inseto que poliniza nossas castanheiras. Texto produzido em 13-10-2015.

Bombus transversalis

CLASSIFICAÇÃO:
Quanto a sua classificação cientifica, pertencem ao Reino Animmalia, Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Hymenoptera, Família Apidae, Gênero Bombus e mais de 250 espécies dentre as quais, as que polinizam a Castanheira, descritas abaixo.


CURIOSIDADES:
As grandes abelhas do gênero Bombus são as principais polinizadoras de uma das árvores símbolo do Estado do Pará, a Castanheira, que produz a castanha do Pará, hoje conhecida como castanha do Brasil, visto que ela está em todos os estados da região Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins), além do Estado do Mato Grosso. Nessas áreas verifica-se que no Pará, abelhas dos gêneros Epicharis, Xylocopa, Eulaema e Bombus são as mais frequentes, sendo que apenas Xylocopa e Bombus são consideradas responsáveis pela polinização da castanheira.
No estado do Acre, somente as abelhas do gênero Xylocopa penetram nas flores das castanheiras, sendo as principais polinizadoras na região de Rio Branco e aqui em Boca do Acre – AM. Em Itacoatiara, também no Amazonas, as abelhas dos gêneros Xylocopa, Eulaema, Centris, Epicharis e Bombus são as principais visitantes de flores da castanheira, sendo também potenciais polinizadores. É considerado como principais visitantes e polinizadores da castanheira as abelhas dos gêneros Bombus, Centris, Xylocopa e
Epicharis, assim como algumas espécies de Euglossinae.
As Castanheiras produzem frutos exclusivamente em matas virgens, onde existem muitas orquidáceas. As flores amarelas das Castanheiras, só podem ser polinizadas por um inseto suficientemente forte, para levantar o capuz da flor e que tenha uma língua comprida o bastante, para passar pela complexa espiral da flor, é o caso das abelhas Bombus, Centris, Epicharis, Eulaema e Xylocopa.


Abelha da espécie Eulaema (Eulaema) meriana em flor da castanha-do-Brasil.



Xylocopa frontalis em flor de castanheira.



Bombus ou abelha da orquídea.



Xylocopa.


A principal orquídea que abriga essas espécies é a orquídea gigante da família Barlia.

O QUE FAZER PARA PRESERVAR, TANTO A ABELHA QUANTO A CASTANHEIRA:
Atenção, governantes e responsáveis, não basta colocar a castanheira como árvore de lei, ou seja, protegida por leis CONTRA a sua derrubada, tem que proteger a vegetação ao redor delas, pelo menos, segundo meus estudos, 50 metros a sua volta, independentemente do tamanho ou da espécie de vegetação que circundam as árvores, pois é graças a essas vegetações que fazem com que seja possível a polinização das castanheiras e sem elas as árvores frondosas de castanha se tornam estéril e não servem para mais nada. Tal vegetação faz, no mínimo, três coisas, que são proteger as abelhas que polinizam a planta, serve como abrigo para a Bombus, porque ali elas constroem suas colméias e servem como trampolim para que as abelhas alcancem as copas de mais de 30 metros de altura das castanheiras.

TRABALHO DE DIVULGAÇÃO DA ORDEM HYMENOPTERA:

Essa é uma caixa entomológica mostrando a abelha Bombus com outras espécies da ordem Hymenoptera, na sala de Entomologia da professora Clarice Guedes (minha esposa e maior inspiração) na feira de Ciências da escola em que lecionamos, bem como, no mesmo trabalho, um cladograma exemplificando tal ordem dentro do Reino Animmalia.


Professora Clarice Guedes
CLADOGRAMA:


LEMBRETE:
Muitos me perguntam sobre a comercialização dos insetos. "Sua perseguição, destruição, caça ou apanha é proibida no Brasil de acordo com a lei federal nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998 (artigo 29)". Precisa de autorização dos órgãos competentes como o IBAMA, além de ter um projeto aprovado por instituições educacionais como Universidades ou Programas Científicos, nesse caso PCE - FAPEAM (Programa Ciência na Escola "PCE" - patrocinado pela Fundação de Amparo a Pesquisa da Amazônia "FAPEAM").

Fonte: Algumas fotos foram extraídas da Internet (Google).